Ainda sem acordo, município de São José afirma que vai trabalhar para que nenhum serviço essencial seja prejudicado
Os servidores públicos municipais de São José entram em greve a partir desta terça-feira (10), após decisão unânime em assembleia realizada na semana passada com mais de 1.500 trabalhadores. O movimento, liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de São José (Sintram/SJ), tem como objetivo pressionar o Executivo por avanços na pauta de reivindicações entregue há dois meses.
A primeira assembleia do movimento grevista está marcada para às 9h no Bolsão da Beira-Mar, em São José. A paralisação é por tempo indeterminado e, segundo o sindicato, somente será suspensa caso a Prefeitura apresente uma proposta concreta e satisfatória em relação às demandas da categoria.
Entre os principais pontos cobrados pelos servidores estão:
Abertura e chamada de concurso público, para suprir a carência de profissionais em áreas como educação e assistência social;
Melhorias nas condições de trabalho;
Valorização salarial, com reajuste justo e reconhecimento das perdas acumuladas.
Segundo o Sintram/SJ, a proposta mais recente enviada pela administração municipal foi considerada insatisfatória e não representou avanços em relação à anterior, mantendo de fora grande parte dos itens da pauta. O sindicato já havia anunciado o estado de greve e dado um prazo adicional para negociação, o que não se concretizou de forma eficaz, segundo a categoria.
Em nota, a diretoria do sindicato afirmou que “a greve é legítima e necessária diante do descaso com os trabalhadores e com a população que depende dos serviços públicos”. Para o Sintram/SJ, a mobilização é também uma forma de alertar a sociedade sobre a precarização enfrentada no dia a dia pelos servidores e os reflexos disso no atendimento ao cidadão.
“Faltam profissionais nas escolas, nos postos de saúde, na assistência social. Falta estrutura, falta material. A sobrecarga é imensa. E tudo isso afeta diretamente a qualidade do serviço prestado à população josefense”, destacou em nota o sindicato.
A Prefeitura de São José, por sua vez, informou que “vai trabalhar para que nenhum serviço essencial seja prejudicado” durante a paralisação, mas ainda não apresentou uma nova contraproposta à categoria até o momento da publicação desta reportagem.
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