Decisão do ministro Alexandre de Moraes mobiliza lideranças políticas do município
Divulgação A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes na manhã deste sábado (22), gerou forte repercussão em São José. A medida levou em conta a avaliação da Polícia Federal de que a vigília convocada por Flávio Bolsonaro, que chamava apoiadores para “lutar pelo país” e orar pela saúde do pai, poderia provocar tumulto e dificultar o acesso ao condomínio onde o ex-presidente estava. Para a PF, a movimentação representava risco à segurança dos moradores e do próprio Bolsonaro.
Prefeito se manifesta
O prefeito Orvino Coelho de Ávila criticou a decisão afirmando que não há democracia plena quando decisões que afetam o país “passam a acontecer dentro de um tribunal”. Ele defendeu a necessidade de fortalecer a liberdade, resgatar a paz e devolver ao povo o poder de decidir os rumos da nação, além de prestar solidariedade aos familiares de Bolsonaro.
Vice-prefeito reage
O vice-prefeito Michel Schlemper classificou a prisão como injusta e disse que o país vive um “capítulo triste da nossa história”. Para ele, um país de joelhos diante de decisões desse tipo “não é uma democracia”, e o momento exige união, coragem e resistência contra o que chamou de “ditadura da toga”.
Manifestação dos vereadores
Entre os vereadores de São José, as manifestações se dividiram entre críticas duras ao STF e reações favoráveis à prisão de Jair Bolsonaro. Clonny Capistrano (PL) classificou a decisão como desproporcional, afirmando que não faz sentido falar em risco de fuga quando o ex-presidente estava em um imóvel monitorado pela Polícia Federal 24 horas por dia. Alexandre Cidade (PL) publicou um vídeo defendendo Bolsonaro e afirmando que ele “agiu de forma honesta” mesmo diante de pressões. Cryslan de Moraes(NOVO) também criticou a medida ao destacar que o STF tratou a vigília convocada por apoiadores como “modus operandi de organização criminosa”, interpretação que, segundo ele, extrapola qualquer razoabilidade.
Já outros vereadores ampliaram o debate nas redes sociais. Adair Tessari (Republicanos) ironizou a fundamentação da prisão dizendo que, se fosse um processo por corrupção, Bolsonaro “já estaria solto”, criticando o que chamou de seletividade da Justiça. Em sentido oposto, o vereador Caê Martins (PT) comemorou a decisão ao afirmar que o sábado começou como “uma bela manhã”. Romeu Vieira (PSD), por sua vez, optou por envolver o público e lançou uma enquete perguntando se os moradores concordavam ou não com a prisão, incentivando a participação popular no debate. Os demais vereadores não haviam se manifestado até o fechamento desta publicação.
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