Ex-presidente segue em casa, com tornozeleira eletrônica e visitas restritas; decisão ocorre após suspeita de uso indireto das redes sociais
REUTERS/Adriano Machado O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida foi tomada após o entendimento de que Bolsonaro descumpriu seguidamente medidas cautelares impostas no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Desde o início do processo, o ex-presidente estava proibido de utilizar redes sociais, manter contato com investigados e visitar embaixadas, além de já usar tornozeleira eletrônica. No entanto, segundo apuração da Polícia Federal, ele teria continuado a divulgar mensagens políticas por meio de perfis de aliados e familiares – o que, para Moraes, configura tentativa de burlar as restrições judiciais.
A nova determinação mantém Bolsonaro em casa, com visitas limitadas apenas a familiares próximos e advogados, e exige o recolhimento de todos os aparelhos eletrônicos do local.
A decisão representa uma escalada no cerco jurídico contra o ex-presidente, que já é réu por outros crimes relacionados aos ataques de 8 de janeiro de 2023, e também responde a investigações sobre suposta associação para tentativa de golpe após a derrota nas eleições de 2022.
Bolsonaro segue em sua residência, em Brasília, sob monitoramento. Até o momento, não há previsão de transferência para regime fechado, mas Moraes alertou que novos descumprimentos podem resultar em medidas mais duras.
Até o fechamento desta matéria, políticos catarinenses da direita ainda não haviam se manifestado publicamente sobre a decisão.
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