Além da ampliação da estrutura, Associação ainda luta contra falta de profissionais especializados e transporte insuficiente para os atendidos
A APAE de São José garantiu um recurso de R$ 300 mil por meio do projeto “Comer Bem: Alimentação Saudável e Equipamentos”, aprovado no Orçamento Participativo do deputado federal Pedro Uczai (PT). O valor será utilizado para a compra de equipamentos e insumos alimentares, com o objetivo de qualificar o atendimento nutricional oferecido pela instituição, que atualmente enfrenta uma demanda muito superior à capacidade da sua estrutura atual.
O projeto ficou em 4º lugar entre mais de 700 inscritos no edital do Orçamento Participativo. A cozinha atual foi planejada para cerca de 70 refeições por dia, mas atualmente precisa atender mais de 635 alunos, entre crianças, adolescentes, adultos e idosos com deficiência. A obra prevista com os recursos da emenda incluirá tanto a reforma do espaço quanto a compra de novos equipamentos.
A proposta foi apresentada na Assembleia Legislativa por uma comitiva da APAE formada por cinco representantes da instituição, liderados pelo membro da diretoria Josué Mello do Rosário e pelo pedagogo Vinicius Pierri. Josué teve papel fundamental na articulação política do projeto. “Foi uma conquista voto a voto. Disputamos com hospitais e conseguimos garantir esse recurso para algo essencial, que é a alimentação dos nossos alunos”, destacou.
De acordo com a assessora parlamentar do deputado federal Pedro Uczai, Beatriz Zanini, a expectativa é que os R$ 300 mil sejam liberados no início de 2026, conforme o cronograma de execução das emendas parlamentares.
Desafios da Apae
A diretora da APAE, Adriana Fidelix Ludwig, e o coordenador Fabiano Jussara de Jesus falaram ao Portal sobre os desafios da instituição e a importância da verba conquistada. O valor, no entanto, não resolve todos os desafios enfrentados pela APAE. Mesmo atendendo alunos desde crianças até pessoas com cerca de 70 anos de idade, com serviços em educação, saúde, cultura e assistência, a instituição enfrenta escassez de profissionais especializados, como fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
“Temos recursos para contratar, mas simplesmente não encontramos profissionais disponíveis. É uma realidade preocupante, principalmente para instituições públicas e filantrópicas”, explicou a diretora Adriana.
Outro gargalo apontado é a logística de transporte. Apesar de contar com dois ônibus e uma van próprios, muitos alunos deixam de ser atendidos por falta de transporte adequado. A APAE também depende de veículos disponibilizados pelo município, o que não supre a alta demanda, especialmente dos bairros mais distantes.
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