Caso segue sob investigação, enquanto parentes pedem apuração rigorosa sobre atendimento e falta de comunicação
A morte de Cezar Maurício Ferreira, 52 anos, dentista e servidor público federal, dentro de uma cela na delegacia de Barreiros, em São José, abriu uma investigação que já mobiliza autoridades locais. A família do dentista acusa a Polícia Militar de negligência, afirmando que ele sofreu um infarto e que a condição foi confundida com sinais de embriaguez.
Em nota, o 7º Batalhão da Polícia Militar afirmou que a guarnição foi acionada às 20h35 para atender um acidente de trânsito na rua Cândido Amaro Damásio, bairro Bela Vista, que envolveu uma colisão traseira sem vítimas. No local, os policiais conversaram com os envolvidos e perceberam que o condutor do veículo que causou o acidente apresentava sinais de embriaguez. O condutor não conseguiu realizar o teste do bafômetro, o que levou à lavratura do auto de constatação e à prisão em flagrante. O veículo dele foi removido por estar com licenciamento vencido.
De acordo com a PM, todos os procedimentos cabíveis foram realizados. O condutor foi encaminhado à Delegacia de Polícia do bairro Barreiros, onde foi colocado em uma cela por volta das 21h.
Poucas horas depois, Cezar foi encontrado morto na cela. A família contesta a versão oficial e afirma que ele não consumia álcool, mas sofreu um infarto no momento da prisão. Em nota divulgada pelo advogado da família, os parentes alegam que não foram informados nem da detenção nem do falecimento, e pedem uma apuração rigorosa para esclarecer as circunstâncias da morte.
“Ao invés de receber atendimento médico urgente, ele foi preso e colocado em uma cela. Isso não pode ficar sem resposta”, declarou o advogado.
A Polícia Civil já instaurou um inquérito para investigar o caso. Exames periciais complementares estão sendo realizados para definir a causa da morte de Cezar Maurício Ferreira.
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