Parte do valor era lavado por meio de criptoativos; mandados também foram cumpridos em Florianópolis, Dourados (MS) e Pelotas (RS)
Uma operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (24) levou à prisão de 11 pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa responsável por movimentar cerca de R$ 50 bilhões. De acordo com os investigadores, parte do valor circulava em criptoativos para dificultar o rastreamento.
As ações se concentraram em quatro cidades: São José, Florianópolis, Dourados (MS) e Pelotas (RS). Além das prisões, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão. A investigação aponta que o esquema servia de suporte financeiro a redes de tráfico de drogas, contrabando e descaminho, além de ter ligação com o financiamento ao terrorismo.
O grupo teria começado suas atividades em empresas de Pelotas e, durante a pandemia, expandido as operações também para a capital catarinense. Segundo a PF, boa parte da articulação ocorria de forma remota a partir de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara da Justiça Federal em Santa Maria (RS). Entre as medidas, estão o bloqueio de contas de 65 pessoas físicas e jurídicas, a apreensão de seis veículos e seis imóveis e o congelamento de aproximadamente 30 carteiras de criptoativos junto a exchanges.
O patrimônio bloqueado pode ultrapassar R$ 3 bilhões. Só em ativos digitais, a Polícia Federal apreendeu 4,336,883 USDT (tether), equivalentes a R$ 22,5 milhões.
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