Caso levou Estado a propor mudanças em protocolos de custódia para evitar novas tragédias
Os policiais civis e militares envolvidos na prisão do dentista Cezar Maurício Ferreira, de 60 anos, não responderão criminalmente pela morte do homem, encontrado sem vida dentro de uma cela na Central de Plantão Policial de São José, em 19 de julho.
A conclusão é do inquérito apresentado nesta sexta-feira (1º) pela Polícia Civil, que indicou ausência de negligência ou omissão por parte dos agentes. A Corregedoria, no entanto, segue apurando possíveis falhas administrativas na condução do caso.
Segundo a investigação, o dentista havia ingerido medicamentos que provocam sintomas como sonolência e fala arrastada, sinais que, à primeira vista, teriam sido confundidos com embriaguez. A análise toxicológica descartou a presença de álcool ou outras drogas no organismo.
O delegado Akira Sato, responsável pelo inquérito, destacou que o “odor etílico” alegado por policiais é uma percepção subjetiva e não configura, por si só, prova de crime.
Mudança no protocolo
Diante da repercussão do caso, a Secretaria de Estado da Segurança Pública anunciou que vai propor uma mudança nos protocolos: presos que apresentarem sinais clínicos relevantes deverão ser levados ao hospital mesmo que não se queixem de dores. Também será discutida a inclusão de um “contato de emergência” no sistema integrado, para facilitar a comunicação com familiares em situações críticas de custódia.
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